sexta-feira, 13 de julho de 2012

O primeiro dia

Nosso primeiro dia de passeio começou geladíssimo. Estava marcando 5°C às 9h, mas acordamos às 8h, tomamos um café da manhã delicioso e reforçado, lavamos nossa louça (hostel é assim, rapaziada! Mas a água era aquecida.) e partimos para o bate-pernas futebolístico.

(simples e gostoso: leite quente e gelado, iogurte, suco, chocolate em pó delicioso, cereais,
2 tipos de pães, geléias, dulce de leche, manteiga, laranja, maçã...)

Partimos da 18 de Julio, mais ou menos na altura da Plaza Cagancha e rumamos em direção ao Estadio Centenario. Caminhar pelas ruas de Montevidéu foi, pra nós, sobretudo um prazer. Olhar as vitrines das lojas, observar as pessoas realizando suas atividades comuns de uma quinta-feira de inverno é realmente uma sensação indescritível. Estar em um país tão pertinho e absorver sua cultura de forma anônima fez com que a gente se sentisse quase em casa. Estávamos nos tornando parte dos cenários.

Ao final da 18 de Julio, depois de passar por prédios da Universidad de la República, pela Intendencia Municipal, chegamos ao Obelisco a los Constituyentes de 1830.

Então, depois de passar pelo Parque Batlle, chegamos ao Estádio:


(desta vez o Museo del Fútbol estava aberto - pagamos 100 pesos 
para visitar o museu e ter acesso ao estádio- eu de Grêmio, 
com a faixa do meu Peñarol; o Rafa com cachecol do Uruguai)

De lá, passamos pelo outro lado do Parque, e passamos pelo Monumento a los Campeones Mundiales y Olímpicos e pelo  Monumento La Carreta, um dos pontos mais conhecidos da cidade.
E então fomos almoçar no Shopping Tres Cruces junto ao terminal rodoviário de Montevidéu. Escolhemos um dos pratos da mais típica lanchonete uruguaia, o La Pasiva. Pedmos os combo milanesa al pan + coca-cola + alfajor artesanal. Nada light, mas tínhamos uma cota de grana pra gastar por dia e não queríamos sair gastando logo na primeira refeição. Saiu 640 pesos pra cada um.


(Nós aos pés da Jules Rimet erguida pelos campeões; La Carreta;
un chanchito; o almoço indecorosamente calórico e a sobremesa absolutamente deliciosa)


Depois do almoço "leve", partimos pra segunda parte do passeio futebolístico a pé, rumo ao estádio do Club Nacional de Football, El Gran Parque Central.

Falei pra vocês que adoramos futebol? Em Porto Alegre, ambos somos gremistas; vamos a todos os jogos no estádio. Quanto a clubes uruguaios e argentinos somos rivais. Na Argentina, ele simpatiza com o River e eu com o Boca; no Uruguai, sou Peñarol e ele Nacional. O Peñarol disputa as partidas oficiais no Centenario, já que não tem estádio nas condições oficiais necessárias (só pra treino). O Nacional tem o Gran Parque, que é pequeno, mas bem bonitinho.

(Tem elevador, gente! E camarotes personalizáveis, decoração por conta do locatário, 
alguns com  TVs, frigobares, pia, microondas, cafeteiras, quadros, camisas autografadas... 
O gramado estava coberto pra proteger do frio. E o Rafa com a touca do Nacional)

Voltamos ao hotel, mas antes passamos no Tata (principal rede de supermercados da capital uruguaia) e pegamos um vinho (caixa tetrapack de 1L, bem baratinho - vinhos uruguaios são bons e baratíssimos), sanduíches e água para nosso jantar. Comemos e descansamos depois do banho.

Mas tinha a noite! Alguns amigos uruguaios tinham me indicado conhecer o Fun Fun  da outra vez, mas acabamos não indo. Então eu pesquisei na internet que a melhor noite para ir e era quinta-feira. Bora lá, então?

O bar Fun Fun foi fundado em 1895. Por ele já passaram celebridades de todo o mundo, mas seu frequentador mais ilustre era um tal de Carlos Gardel, conhecem? Contam por lá que o homem se debruçava pelo balcão que ainda existe! Tem fotos dele e de outros tantos pelas paredes e a decoração do lugar é muito peculiar e interessante. O bar não funciona mais no local de fundação, mas foi transferido a outro prédio, mantendo a decoração e a singularidade. A administração já está na quarta geração (sempre na mesma família).

(Tango, Patricia, bocaditos, Marquisio e Uvita!)

A noite iniciou com um bom Tango - uma senhora afinadíssima e um maestro impecável ao violão;
Bebemos Patricia, a cerveja mais gostosa do Uruguai e fizemos uma "boquinha", já que o jantar foi levíssimo. Cmemos uma tábua com queijo, nuggets, rolinho tipo-primavera, fritas e grisinis.

Na segunda parte, o show foi com Fabián Marquisio e banda - irreverência e um estilo sem igual, parecido com Fito Paez em alguns momentos; ficamos tão fãs que compramos os dois CDs do cara lá mesmo e, atualmente, nos correspondemos com ele via facebook .

Por fim, experimentamos a bebida cuja fórmula foi desenvolvida no Fun Fun e até hoje permanece em segredo: Uvita. Uma espécie de licor adocicado. Gostosinho, mas só para experimentar mesmo. Me lembrou Amaretto. Uma coisa é certa: ambos temos saudade dessa noite!

Após, fomos ao hotel para descansar até o dia seguinte. A programação estava toda agendada.

PS: Nossa, faz quase um ano que abandonei aqui por razões bem pessoais e doloridas. Semana passada fez um ano que voltamos, mas não esqueço de um só detalhe dessa viagem inesquecível. Voltei pra terminar de terminar de contar nossos dias nesta cidade que tanto amamos.

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